segunda-feira, 21 de abril de 2008

Às minhas queridas poucas leitoras remanescentes, as minhas desculpas por andar tão arredia - e a minha gratidão por continuarem a passar por cá, ainda... que em vão. Não tenho escrito por absoluta indisponibilidade de tempo, mais do que de vontade. De resto, adianto que a minha relação com a comida vai bem melhor. Os ataques de fome diminuíram consideravelmente. Já o peso não tem diminuído à mesma velocidade, porque as hormonas não têm ajudado, sem contar com que passo dias e noites sentada, a ler e/ou a escrever. Mas isto vai indo.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

As misses já não são o que foram?

Este ano, uma das candidatas a Miss Reino Unido é esta menina de 17 anos. Com 1,78, pesa cerca de 80 kg. Tem sido um rebuliço de opiniões à conta destas medidas não padronizadas no género, mas que, no entanto, correpondem à medida média da mulher inglesa: 44 em roupa.

Vejam os comentários para perceber melhor o que o senso comum pensa, em público, das mulheres mais cheiinhas...
http://www.dailymail.co.uk/pages/live/articles/showbiz/showbiznews.html?in_article_id=552792&in_page_id=1773&ico=Homepage&icl=TabModule&icc=picbox&ct=5

quarta-feira, 19 de março de 2008


Comer para enganar o tédio?

As coisas que descobrimos sobre nós mesmos quando menos esperamos! Pergunto-me, pois, se nós, comedores compulsivos, comeremos para nos entretermos, à falta de melhor. Isto, porque passsei recentemente por uma fase de grande tensão: prazos para cumprir, muito trabalho, ansiedades várias. Com tanto stresse, seria de esperar que me desse para comer este mundo e o outro, para me "compensar". Contudo, o que aconteceu foi exactamente o contrário: perdi a fome - ou melhor, o meu apetite baixou para níveis normais, sem grandes exageros ou compulsões. À medida que a adrenalina subia e se mantinha alta (e, também, a minha dedicação e o meu gosto pelo trabalho, sendo que gostar do que faço é coisa que, profissionalmente, nos últimos anos, pouco me sucedeu), a minha necessidade de comer diminuiu. Interessante.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Pouca fome.

É coisa que parece improvável que eu diga, mas ando com pouco apetite. Será enfim o efeito do complexo de oligo-elementos que ando a tomar vai para três meses? (A homeopatia demora tempo a fazer efeito.) Será do facto de andar a fazer actividades que me trazem compensações e satisfações? (Come-se menos quando se está mais feliz?) Será tudo isto conjugado com o efeito da psicoterapia?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Gosto!

Roubei do blog da Blue, que me deixou uma mensagem.
(Perdi um quilo nesta semana que passou. É uma sensação boa.)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Peso.

Aumentei 900 gramas. Fiquei um pouquinho preocupada, sim, mas também é verdade que tenho passado dias e noites à secretária. Até receio que qualquer dia me nasçam raízes sob o computador. À cautela, passaram-me uma bateria de exames para fazer, tiróide incluída.

Sopa.

Gosto muito de sopa, mas não a sei fazer, pelo que raramente a como. Já aqui me tinha, em tempos, queixado disso. Mas, ontem, a coisa correu-me bem. Com apenas três ingredientes (abóbora, cebola e nabiças), como em tempos a Turbolenta me disse para fazer (poucas misturas), cozinhei uma deliciosa sopa. Queres ver que é mais fácil do que parece?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

"Provisão narcísica."

Aposto, até por temperamento, nos que passam anónimos. Alguém sem nome me deixou uma mensagem recente num post de há dias, chamado "Pensando alto". À vossa consideração, diz assim:

serão os super magros algum monumento à força egoica e à maturidade? ou será que o caminho é mais o do equilíbrio, e que este tipo sem limites, tem a ver com uma auto-punição, eu não mereço parecer bem, não quero que me desejem, tenho medo da minha própria sexualidade. há tb a perspectiva da comida assumir a funçaõ de provisão narcísica em personalidades que têm necessidade deste tipo de equivalentes de afecto, dos quais a comida é um dos principais.também tenho problemas de bulimia.
Anónimo, se repassares por aqui, explicas melhor a perspectiva da "provisão narcísica"?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A senhora americana.

Adorei conhecer esta senhora. Podia ser a nossa melhor amiga. Podia ser... qualquer uma de nós. É bom perceber que não estamos sozinhas com as nossas dificuldades, e, também, que estas não são intransponíveis.

http://www.freewebs.com/lynnsjourney/

"I had so many feelings floating around in my head when I weighed 300 [136 kg] pounds -- inadequacy, anger, and overall helplessness. I vacillated for months between accepting my body as it was and choosing to lose weight. I journaled tough questions: How did I feel about my body? How much did I love myself? Was I worth changing for? It was difficult and often uncomfortable work, I won't lie, but once I was honest with myself and became better acquainted with the emotions that bothered me most, I was ready to lose weight.
Working through those issues, or at least confronting them, left me better prepared for the "tough love" it took to discipline that weak voice inside that said, "This is hard. I want chocolate (or fries or animal crackers or any other simple carb you can imagine). Feed me." I learned to say no to myself and I committed to learning new behaviors.
I still write down everything I eat. I still ask myself, "How will I feel five minutes after I eat this?" If the answer is anything other than, "I will feel good having made this food choice," then I don't eat it. Or at least most of the time I don't. Sometimes that whiny voice wins. But the point is, I think about it. Am I eating because I want to or because I need to? Am I feeding some emotion I'm afraid to examine?"

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Last but not least.

Perdi um quilo.
A ver se me torno organizada e sigo os cânones da coisa, vindo aqui periodicamente dar conta dos abates.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quero dizer, creio que tenho dificuldades na afirmação da minha agressividade perante os outros.

Será que a "engulo" como quem a esconde? Ou será que a sinalizo, através da gordura, como quem avisa: "Sou frágil. É favor não magoar." Bem vêem: hoje tirei o final da manhã para fazer perguntas importantes, ainda que não facilmente respondíveis.

Perguntando alto.

Os pinguins, lá nos confins do Pólo Sul, usam a gordura para se protegerem de um meio exterior intensamente hostil e desfavorável. E a nós, de que nos protege a nossa gordura? Haverá a possibilidade de a gordura ser a somatização de uma qualquer outra incapacidade de autodefesa? De que é que não nos conseguimos defender? O que é que não conseguimos defender? Os bebés, por exemplo, precisam da gordura enquanto são muito pequeninos, como meio de proteção da sua fragilidade relativa. Contudo, perdem-na à medida que se tornam autónomos. Que parte de nós estará dizer que não "pode" crescer? Onde será - se é que "será" - que nós, gordas (é horrível dizer isto assim, não é?; mas é com esta crueza que os outros nos vêem), permanecemos inconsciente e relativamente frágeis...?

Autopergunta.

Será que às vezes também vos acontece cansarem-se de vocês mesmas, isto é, da vossa incapacidade de fazer uma coisa aparentemente tão simples quanto o parece ser seguir uma dieta? Como se dissessemos a nós mesmas: "Ó pá, vê lá se atinas de uma vez por todas, que já estou farta de tantos avanços e recuos!!"

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

"Double life", por Jacek Yerka.


Tralha interior.

Cada vez mais percebo - e percebo melhor - como isto da comida é uma questão de cabeça. Era dela que devia ter tratado há muito tempo, em vez de me penitenciar com dietas que depois não era capaz de cumprir. Pois não, nem podia. Lentamente, vou escavando toneladas de lixo cá para fora, velhos trastes psicológicos, emocionais, que eu nem sabia que guardava. Apesar das convulsões a que outros aspectos da minha vida têm estado sujeitos, ainda não fui comprar nenhuma caixa de gelados... Visto de dentro, é um enorme progresso, ainda que, de fora, possa parecer um passinho de bebé. Mantenho-me nos três quilos perdidos. Ou, como dizia o O'neill (creio), "Isto vai, meus amigos, isto vai..."

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Profundos sentimentos de...

Esta ouvi da boca de uma psicóloga: os problemas bulímicos parecem estar associados a profundos sentimentos de angústia e de perda. Alguém se reconhece neste padrão...?

Nutricionista.

Quando se enfrenta um problema de compulsão alimentar, temos de ser tolerantes em relação ao conceito de "dieta bem sucedida". Uma dieta bem sucedida começa por ser aquela em que não desatamos a comer como se o mundo fosse acabar amanhã, ou mesmo hoje. Ou seja, começa por ser aquilo que, para a maioria das pessoas, será uma dieta normal. Tenho estado a conseguir isso, pelo que a balança baixou dois quilos. Tem sido uma acção conjunta entre a psicoterapia, a nutricionista e... eu, claro.
O contacto da nutricionista, Dr.ª Sónia (qualquer coisa), é o 219 340 645. O consultório fica numa loja de produtos naturais situada na Rua dos Bombeiros Voluntários, em Odivelas, duas ou três portas a seguir ao centro de saúde. O metro (estações de Odivelas ou do Senhor Roubado) fica, em ambos os casos, a uns 300 metros.

Poucos, mas os melhores:

Sobre mim

amotecorpo@gmail.com