quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Last but not least.

Perdi um quilo.
A ver se me torno organizada e sigo os cânones da coisa, vindo aqui periodicamente dar conta dos abates.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quero dizer, creio que tenho dificuldades na afirmação da minha agressividade perante os outros.

Será que a "engulo" como quem a esconde? Ou será que a sinalizo, através da gordura, como quem avisa: "Sou frágil. É favor não magoar." Bem vêem: hoje tirei o final da manhã para fazer perguntas importantes, ainda que não facilmente respondíveis.

Perguntando alto.

Os pinguins, lá nos confins do Pólo Sul, usam a gordura para se protegerem de um meio exterior intensamente hostil e desfavorável. E a nós, de que nos protege a nossa gordura? Haverá a possibilidade de a gordura ser a somatização de uma qualquer outra incapacidade de autodefesa? De que é que não nos conseguimos defender? O que é que não conseguimos defender? Os bebés, por exemplo, precisam da gordura enquanto são muito pequeninos, como meio de proteção da sua fragilidade relativa. Contudo, perdem-na à medida que se tornam autónomos. Que parte de nós estará dizer que não "pode" crescer? Onde será - se é que "será" - que nós, gordas (é horrível dizer isto assim, não é?; mas é com esta crueza que os outros nos vêem), permanecemos inconsciente e relativamente frágeis...?

Autopergunta.

Será que às vezes também vos acontece cansarem-se de vocês mesmas, isto é, da vossa incapacidade de fazer uma coisa aparentemente tão simples quanto o parece ser seguir uma dieta? Como se dissessemos a nós mesmas: "Ó pá, vê lá se atinas de uma vez por todas, que já estou farta de tantos avanços e recuos!!"

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

"Double life", por Jacek Yerka.


Tralha interior.

Cada vez mais percebo - e percebo melhor - como isto da comida é uma questão de cabeça. Era dela que devia ter tratado há muito tempo, em vez de me penitenciar com dietas que depois não era capaz de cumprir. Pois não, nem podia. Lentamente, vou escavando toneladas de lixo cá para fora, velhos trastes psicológicos, emocionais, que eu nem sabia que guardava. Apesar das convulsões a que outros aspectos da minha vida têm estado sujeitos, ainda não fui comprar nenhuma caixa de gelados... Visto de dentro, é um enorme progresso, ainda que, de fora, possa parecer um passinho de bebé. Mantenho-me nos três quilos perdidos. Ou, como dizia o O'neill (creio), "Isto vai, meus amigos, isto vai..."

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Profundos sentimentos de...

Esta ouvi da boca de uma psicóloga: os problemas bulímicos parecem estar associados a profundos sentimentos de angústia e de perda. Alguém se reconhece neste padrão...?

Nutricionista.

Quando se enfrenta um problema de compulsão alimentar, temos de ser tolerantes em relação ao conceito de "dieta bem sucedida". Uma dieta bem sucedida começa por ser aquela em que não desatamos a comer como se o mundo fosse acabar amanhã, ou mesmo hoje. Ou seja, começa por ser aquilo que, para a maioria das pessoas, será uma dieta normal. Tenho estado a conseguir isso, pelo que a balança baixou dois quilos. Tem sido uma acção conjunta entre a psicoterapia, a nutricionista e... eu, claro.
O contacto da nutricionista, Dr.ª Sónia (qualquer coisa), é o 219 340 645. O consultório fica numa loja de produtos naturais situada na Rua dos Bombeiros Voluntários, em Odivelas, duas ou três portas a seguir ao centro de saúde. O metro (estações de Odivelas ou do Senhor Roubado) fica, em ambos os casos, a uns 300 metros.

Poucos, mas os melhores:

Sobre mim

amotecorpo@gmail.com