segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Perguntando alto.

Os pinguins, lá nos confins do Pólo Sul, usam a gordura para se protegerem de um meio exterior intensamente hostil e desfavorável. E a nós, de que nos protege a nossa gordura? Haverá a possibilidade de a gordura ser a somatização de uma qualquer outra incapacidade de autodefesa? De que é que não nos conseguimos defender? O que é que não conseguimos defender? Os bebés, por exemplo, precisam da gordura enquanto são muito pequeninos, como meio de proteção da sua fragilidade relativa. Contudo, perdem-na à medida que se tornam autónomos. Que parte de nós estará dizer que não "pode" crescer? Onde será - se é que "será" - que nós, gordas (é horrível dizer isto assim, não é?; mas é com esta crueza que os outros nos vêem), permanecemos inconsciente e relativamente frágeis...?

2 comentários:

Su disse...

Essa é A questão. Tenho dissertado um bocado sobre o assunto. Fez recentemente um ano que escrevi este pequeno texto: http://sexualidadefeminina.blogspot.com/2007/04/desabafos-auto-predatrios.html

De lá para cá engordei mais de 10 kg. Como vês, anda não descobri a resposta!...

Bj

Anônimo disse...

serão os super magros algum monumento à força egoica e à maturidade? ou será que o caminho émais o do equilibrio, e que este tipo sem limites, tem a ver com uma auto-punição, eu não mereço parecer bem,não quero que me desejem,tenho medo da minha própria sexualidade. há tb a perspectiva da comida assumir a funçaõ de provisão narcísica em personalidades que têm necessidade deste tipo de equivalentes de afecto, dos quais a comida é um dos principais.também tenho problemas de bulimia.

Poucos, mas os melhores:

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