domingo, 2 de dezembro de 2007

On.

Estou cheia de trabalho e de trabalhos, o que também me tem impedido de passar por cá. Ainda por cima, uma gripe das antigas atirou-me para fora de circuito durante quase uma semana. Obrigada a todas pelas palavras com que me vão iluminando, aqui ou no e-mail.

O trabalho com a psicoterapeuta continua. Já choro agora menos, ao mesmo tempo que procuro racionalizar mais. Na última consulta, aflorámos a questão da minha vulnerabilidade emocional, hipersensibilidade, da dificuldade que tenho em defender-me. Curiosamente, sempre pensei que a gordura haveria de algum modo de funcionar em mim como uma forma de autoprotecção (tal como os ursos ou as focas se defendem, através da gordura, de um meio [climaticamente] hostil…). Ainda não abordámos directamente a questão da compulsão alimentar… Suponho que ela ande comigo “às voltas”, a ver se dá com os vazios que me sobram para encher (com comida). Como bem sabemos, os caminhos mais rápidos nem sempre são os mais curtos.

Coincidentemente ou não, tenho sentido menor necessidade de comer (nesta última semana, a gripe também tem ajudado). Consigo parar mais vezes para pensar(?) e dizer a mim mesma: “Ouve lá, mas por que raio é que tens de ceder à compulsão de comer?! Podes optar por resistir, ou não te tinha ocorrido que também tens uma palavra a dizer neste assunto?” A ver se a balança me recompensa.

Soube por portas e travessas que a consulta de Transtornos Alimentares (ou nome que o valha) do Hospital de Santa Maria está fechada a novas admissões desde a Primavera por falta de… profissionais. Ah, grande Sócrates!

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